
Um trabalhador da construção civil, servente de pedreiro
muito eficiente, chega diante de um condomínio de luxo que ajudou a construir.
Olha para o arranha-céu e o contempla. Como num filme, lembra os meses de
trabalho quando fazia a massa para unir os tijolos compactados que tornaram-se uma unidade. Seu desejo é poder morar ali, ser acolhido como parte
dos seus moradores, conviver, amar e ser amado...
É assim que Deus se sente: fez o ser humano com zelo e arte,
desejoso de ser acolhido em seu interior, em sua vida, em seu coração. O fez templo vivo para nele
morar. Mas os homens e mulheres, egoístas, optaram por caminhar sozinhos e abandonaram o Criador. E Deus continua de fora, olhando, amando e contemplando sua criatura, desejoso
de adentrar em seus projetos e ser acolhido no santuário sagrado que Ele mesmo construiu: o coração humano.
Deus fez o ser humano. Este, optou em deixa-Lo lá fora. Um
golpe trágico! Atitude corriqueira dos falsos cristãos dos dias de hoje.
PARA ILUSTRAR:
“O
ser humano é presença viva de Deus. Não há nenhum ser humano que não seja
templo vivo de Deus. Pratica idolatria aquela Igreja que queira servir a Deus
dando as costas aos pobres, aos refugiados, aos emigrantes, aos explorados. É
muito fácil ter fé em Jesus. Hitler se considerava católico e dizia que
tinha fé em Jesus; Mussolini, também; Pinochet, também. A questão não é ter fé em Jesus, é ter a
fé de Jesus. E a fé de Jesus está intimamente vinculada à justiça.”