No último encontro conversamos sobre as Pistas de
ação para que nossas comunidades e paróquias promovam o protagonismo juvenil.
Com isso, chegamos ao final do conteúdo específico do texto-base da CF 2013. E
hoje, é o nosso último encontro sobre esse tema. Mas vale a pena fazer uma
síntese de tudo que nós conversamos durante estes 27 encontros sobre o
protagonismo da juventude.

A primeira parte do texto-base lembra-nos que vivemos
numa época de mudanças. Isso traz uma crise no sentido da vida, as relações de gratuidade
deixam de existir, a relação entre pais e filhos fica confusas, os laços entre
as pessoas e a comunidade se fragilizaram. Neste contexto de mudança, a cultura
midiática tem grande contribuição, pois ela criou um novo ambiente para as
relações. Mas redes sociais são um grande avanço para a comunicação, pois criou
um novo modo de relação, envolvendo os jovens. Ao mesmo tempo, a sociedade não
garantiu a inclusão de todos os jovens nesses processos de comunicação, temos
aí o que chamamos de “excluídos digitais”.
Os jovens de hoje, “dominam as relações baseadas na
interatividade” e “têm uma nova maneira de se relacionar na família”; não
querem mais uma educação baseada em abordagens antigas; eles têm uma visão mais
ampla da realidade, uma “visão planetária”; é uma juventude “aberta ao mundo e
à solidariedade”. Diante da Igreja as novas gerações “querem ser ativas”,
desejam contribuir e fazer a diferença. A Igreja incentiva os jovens a se
lançarem no uso das novas tecnologias para que, como protagonistas, eles
contribuam no processo de evangelização. Para isso, é preciso que a juventude
se organize em seus grupos ou tribos, utilizem das novas linguagens e lutem
pelos seus direitos, contra as desigualdades de renda, de espaços urbanos, de
escolaridade, de trabalho, de gênero. A violência e a exclusão contra os jovens
é uma realidade assustadora que deve ser banida da sociedade. É necessário
lutar por políticas públicas que acabem com as desigualdades entre os jovens.
A segunda parte mostra quais são os exemplos de
jovens protagonistas, desde as Sagradas Escrituras até a modernidade. No AT vimos alguns como: José do Egito,
Salomão, Davi, Samuel, Ester, Isaías, Rebeca... No NT lembramos Jesus, São Paulo, Maria, São, João, e São Marcos. Na história da Igreja: Santa Inês, São
Luiz Gonzaga, São Domingos Sávio, Beato José de Anchieta e tantos outros. A
igreja deseja que os jovens conheçam Jesus, se apaixonem por ele e sejam seus seguidores.
Por isso, ela aposta no jovem, faz uma ”opção afetiva e efetiva” pela juventude
e promove o seu protagonismo.
A terceira parte do texto-base indica duas atitudes
essenciais para promover o protagonismo juvenil. A primeira atitude é a conversão. A própria Igreja,
comunidades e paróquias precisam se converter aos jovens. A sociedade, precisa
se abrir aos jovens, porque eles sejam protagonistas, artífices de uma
“renovação social”. A segunda atitude é abrir-se
às novidades para poder recriar o sentido da existência, as relações com
Deus, consigo, com a sociedade e com o meio ambiente. “Eis-me
aqui, envia-me”, é a atitude fundamental neste momento do texto-base. E
aqui, a CF faz as sugestões práticas para que toda as falas bonitas escritas no
texto-base, aconteçam de verdade. E nós já conversamos sobre essas propostas em
âmbito pessoal, eclesial e social. Mas a CNBB pede que a todas as comunidades e
paróquias façam no Domingo de Ramos a Coleta
da Solidariedade, que é um gesto concreto para os projetos “voltados para
as ações com jovens”, em parceria com a Cáritas
Brasileira. Dê sua contribuição, coloque-se numa atitude de quem diz:
“Eis-me aqui, envia-me”.
Amigos(as),
espero que você tenha adquirido boas informações sobre o tema da CF deste ano,
para que você ajude os jovens a serem protagonistas de uma nova história. Que
Deus abençoe sua vida. Que desça sobre você, sua família e sua comunidade, o
carinho, a ternura, o sorriso e o abraço do Cristo Redentor. Obrigado pela sua
companhia!
Ir. José Torres, CSsR