quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

COMO SE CONSTRÓI UMA CRISE

O vendedor de Cachorro-quente
Era uma vez um homem que vivia à beira de uma estrada vendendo cachorros-quentes. Ele não tinha rádio ou TV, e não lia o jornal. Preocupava-se apenas em produzir e vender bons cachorros-quentes.
Prezava muito pela qualidade do pão, da salsicha e do atendimento ao cliente. Ele também sabia divulgar como ninguém o seu produto: colocava cartazes pela estrada, oferecia em voz alta e o povo comprava. Quando alguém passava em frente à sua barraca, ele gritava: “Olha o cachorro-quente especial!”
Usando o melhor pão e a melhor salsicha, o negócio não podia ser diferente: ele prosperava. E começou a formar uma clientela fiel que sempre voltava e trazia cada vez mais pessoas para a sua barraca de cachorro-quente. Até que um dia ele construiu uma grande loja, e como estava prosperando cada vez mais mandou seu filho estudar na melhor faculdade do país.
E um dia seu filho, já formado, voltou para casa. E falou ao pai:
“Pai, você não ouve rádio, não vê TV, não lê os jornais? A situação está crítica, o país vai quebrar!”
Depois de ouvir isso o homem pensou: “Meu filho estudou, ele lê jornais e vê TV. Deve saber do que está falando.”
Com medo, e afim de economizar preocupado com a tal crise, procurou um fornecedor mais barato para o pão e as salsichas. E para economizar ainda mais, parou de fazer os cartazes que espalhava pela estrada.
Abatido pela notícia, ele já não mais oferecia seu produto em voz alta. Ou seja: parou de fazer a sua propaganda. E como dizia o velho Chacrinha, “quem não se comunica, se estrumbica”.
As vendas, é claro, despencaram até o negócio quebrar. E então o pai muito triste falou para o filho.
“Você estava certo, filho. Estamos no pior momento de todos os tempos”.
 Povo brasileiro! Entendeu???

OBS: Esta fábula você pode encontrar em: http://site.cacispar.org.br/artindividual.asp?id=546 

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